O brigadista Tiago dos Santos, de 38 anos, foi sepultado nesta quinta-feira, 26, em Itirapina (SP), após morrer enquanto combatia um incêndio em um canavial na Estrada Municipal de Corumbataí. Ele atuava no combate às chamas em um caminhão-pipa da unidade Iracema da Usina São Martinho. Um colega que estava com Santos também se feriu, mas já se recupera em casa, sem risco de vida.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como “incêndio, homicídio e lesão corporal”. O boletim de ocorrência da delegacia de Corumbataí informou que as causas do incêndio ainda não foram identificadas. O corpo de Santos foi encontrado carbonizado, e o caminhão-pipa ficou totalmente destruído. O velório e enterro ocorreram em Itirapina, onde o brigadista residia.

A usina São Martinho, por meio de nota, informou que está prestando suporte às famílias dos envolvidos e colaborando com as autoridades nas investigações. A Defesa Civil de Corumbataí relatou que o fogo começou na Fazenda Chorosa e foi inicialmente combatido por funcionários da usina. No entanto, uma mudança nos ventos fez as chamas se alastrarem, atingindo áreas próximas a dez residências e destruindo um barracão. Aproximadamente 30 funcionários e 12 caminhões-pipa da usina atuaram na contenção do incêndio.

Na véspera da tragédia em Corumbataí, um trabalhador ficou ferido em Brotas (SP) ao pular de uma colheitadeira em chamas de outra usina. O Corpo de Bombeiros informou que a vítima sofreu fratura exposta na perna e queimaduras nos braços e rosto. O incêndio se alastrou por uma área de aproximadamente 100 mil metros quadrados de canavial. Brotas é uma das cidades que lidera o número de queimadas no estado.

Em 23 de agosto, dois funcionários de uma usina em Urupês (SP) também perderam a vida em um incêndio. Saulo Rodrigo de Oliveira, de 47 anos, e Gerci Silveira Júnior, de 30, morreram carbonizados ao tentar escapar das chamas após o caminhão em que estavam tombar em uma área de pastagem.