Lotérica de Franca é investigada em operação que envolve Gusttavo Lima e Deolane Bezerra

Autor: Eudis Filho

Fonte:

25/09/2024

Uma lotérica localizada em Franca (SP), está sendo investigada pela Operação Integration, que apura crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A investigação, que ganhou grande repercussão por envolver o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra, agora tem como um de seus alvos, o estabelecimento, situado no estacionamento de um supermercado no centro da cidade.


O motivo da investigação sobre a lotérica remonta ao ano de 2002, quando a empresa pertencia a Dayse Henrique da Silva (foto à esquerda), de 61 anos, tia de Darwin Filho, CEO da empresa Esportes da Sorte, preso na operação. A lotérica, que originalmente funcionava em Pernambuco, foi vendida em 2006 para um empresário de Franca, mas manteve o mesmo CNPJ desde então. Desde a venda, o estabelecimento passou por duas trocas de propriedade: em 2015 e mais recentemente em 2022, quando foi adquirido pelo atual proprietário, um empresário local que também possui outra lotérica há mais de 30 anos na cidade.

O empresário, que preferiu não ser identificado, afirmou à nossa equipe que não conhece Dayse e alegou estar sendo injustiçado. Ele informou ter adquirido o negócio legalmente e espera provar sua inocência. A justiça já decretou o bloqueio das contas da lotérica e a quebra do sigilo bancário do empresário.

Além de Gusttavo Lima, mais de 20 pessoas foram indiciadas na operação, que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar, como o jogo do bicho e cassinos virtuais. O grupo teria utilizado a compra de aeronaves, imóveis, veículos importados e contratos de publicidade para ocultar a origem ilícita dos bens.

Na tarde desta terça-feira, 25, o Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou a prisão preventiva de Gusttavo Lima, assim como a apreensão de seu passaporte e o certificado de registro de arma de fogo. A influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe também foram beneficiadas por um habeas corpus, sendo liberadas da prisão na manhã de hoje. A decisão foi concedida pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que estendeu o relaxamento da prisão para outros envolvidos. No entanto, o bloqueio de bens e valores de todos os suspeitos foi mantido.