Todos os acusados de fazer parte de uma quadrilha de agiotagem em Franca, no interior de São Paulo, foram condenados pela Justiça nesta sexta-feira (29). O grupo cobrava juros abusivos, utilizava violência e ameaças contra as vítimas e lavava dinheiro por meio de empresas de fachada.
A organização criminosa foi desmantelada durante a operação "Maré Alta", conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Bruno Costa, apontado como líder da quadrilha, foi condenado a 10 anos e 2 meses de prisão por coordenar as ações do grupo e pela lavagem de dinheiro. Ele permanece preso junto com Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva, Douglas de Carvalho Rosa e Wesley Henrique Paulista da Silva, que foram condenados a 7 anos e 6 meses de prisão cada um. Estes últimos eram responsáveis pela captação de clientes e pela cobrança violenta das dívidas.
Marcela de Pádua Lima, identificada como colaboradora independente da quadrilha, foi condenada a 6 anos de prisão, mas cumpre pena em regime domiciliar por estar grávida. Já André de Oliveira Venâncio, André Augusto Ferreira Ribeiro, Rodolfo Lomônaco Arantes e Gustavo Migueletti, acusados de financiar a organização e movimentar o dinheiro ilícito, também foram condenados a 7 anos e 6 meses de prisão. Eles poderão recorrer da sentença em liberdade.