O julgamento de Bruno Rafael de Souza e Cristofer dos Santos Silva, acusados pelo assassinato da vendedora Erika Cardoso, foi realizado nesta quinta-feira, 29, no Fórum de Franca. Ambos os réus, de 27 anos, foram condenados por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe e por meio que impossibilitou a defesa da vítima.
Durante o julgamento, que durou cerca de seis horas, os dois réus permaneceram sentados lado a lado, em silêncio na maior parte do tempo. Cristofer dos Santos Silva, apontado como o mandante do crime, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. Bruno Rafael de Souza, identificado como o atirador, recebeu a pena de 16 anos de reclusão, também em regime fechado. Ambos retornaram imediatamente para a cadeia após a sentença.
RELEMBRE O CASO
O crime ocorreu no dia 26 de abril do ano passado, quando Erika, de 40 anos, foi morta a tiros na garagem de sua casa no bairro São Joaquim, zona oeste de Franca. Câmeras de segurança registraram o momento em que o atirador, disfarçado de entregador, abordou a vítima. Erika foi atingida por pelo menos sete disparos de pistola antes que o assassino fugisse em uma moto.
Investigações revelaram que o crime estava relacionado a uma dívida de Erika com agiotas. Bruno Rafael de Souza foi preso menos de 24 horas após o homicídio e confessou ter sido contratado para matar a comerciante devido à dívida. Cristofer dos Santos Silva, amigo de Bruno, foi preso quase um mês depois e acusado de planejar o assassinato. A defesa de Cristofer argumentou que ele trabalhava como segurança e cobrador para um agiota de 34 anos, que havia emprestado dinheiro a Erika e também foi indiciada na Operação Castelo de Areia, que investiga agiotagem na região.
O julgamento teve a participação de cinco testemunhas de acusação, enquanto a defesa não apresentou testemunhas. Ambas as defesas alegaram inocência, mas o júri considerou os réus culpados.