Os incêndios que castigaram o interior paulista, mineiro e goiano, principalmente após o último dia 22, trouxeram a tona um tema conhecido entre os ambientalistas como rios voadores.
Os rios voadores são grandes correntes de vapor d'água que se formam na Floresta Amazônica. Esse fenômeno ocorre quando as árvores liberam a água da chuva de volta para a atmosfera por meio da evapotranspiração. O vapor d'água é levado pelo vento e se transforma em chuva na própria Amazônia.
Em seguida, ele segue em direção à Cordilheira dos Andes, onde a barreira natural das montanhas faz com que os rios voadores mudem de direção, passando pela Bolívia, Paraguai e pelos estados brasileiros de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Esses rios podem atingir até três quilômetros de altura e se estender por milhares de quilômetros, sendo até maiores que o próprio Rio Amazonas.
No entanto, a região amazônica passa por uma seca histórica e sem a umidade dos rios voadores, os incêndios se alastram com mais facilidade, como tem acontecido principalmente nas regiões de Ribeirão Preto e Piracicaba, os níveis dos reservatórios de água ficam comprometidos e a população fica mais propensa a doenças cardiorrespiratórias devido à inalação de fumaça.
O ar seco favorece o ressecamento da pele, dos olhos e das mucosas do nariz e da garganta. Isso pode levar a sintomas como coceira, irritação, e uma sensação de secura na boca e nos olhos. Quem tem asma, bronquite e sinusite também fica mais suscetível a infecções.
Por isso é fundamental beber bastante água ao longo do dia, mara se manter hidratado, evitar exposição prolongada ao sol, manter os ambiente ventilados e umidificados e, quem tem problemas de hipertensão ou condições respiratórias, devem fazer um bom monitoramento da saúde.
Foto: Reprodução/GettiImages/riosvoadores