Guilherme Gonçalves, mais conhecido por Gegê, de 30 anos, é um nome que muitos na região de Franca já conhecem. Atualmente repórter e editor na Record Interior SP, Guilherme carrega uma história singular: antes de se consolidar no jornalismo, ele era conhecido por sua impressionante imitação de Silvio Santos, ícone da televisão brasileira.
Desde criança, Guilherme já sentia a influência do apresentador em sua vida. "Eu era muito criança quando a minha família assistia todos os domingos, também durante a semana à noite, os programas do Silvio Santos, principalmente a minha avó que assistia bastante. E eu comecei a imitar dentro de casa", relembra. A imitação, inicialmente uma brincadeira de criança, logo ganhou força. "Desde os primeiros anos escolares, já me chamavam de Silvio Santos, de Silvinho, e acabou ficando o apelido."
Não demorou para que o talento de Guilherme ultrapassasse as paredes de sua casa. Ele participou de eventos e baladas em Franca, sempre caracterizado como Silvio Santos. "Tinha o microfone, fazia toda essa imitação, esse cover do Silvio Santos", conta. Seu carisma e habilidade na imitação o levaram a participações em programas de rádio e a criar um programa inspirado no "Pânico", no qual fazia brincadeiras com o público.
Apesar do sucesso como imitador, Guilherme decidiu seguir um caminho diferente: o jornalismo. "Depois eu continuei na carreira de comunicação, estudei jornalismo, entrei como estagiário na Record, e hoje, já por mais de dez anos, estou na emissora." No entanto, ele não esquece suas raízes. "Devo muito a isso, a Silvio Santos, porque foi uma inspiração muito grande para seguir na carreira de jornalista e também na comunicação, principalmente na TV."
A morte de Silvio Santos, anunciada neste sábado, 17 de agosto, foi um momento de reflexão para Guilherme. "Recebi a notícia do Silvio Santos hoje, me pegou de surpresa, mas era algo que a gente já esperava, se preparava, porque ele estava doente. É um comunicador fora de série, e que vai ser eterno, principalmente pela obra dele, pela influência, nessas gerações."
Guilherme acredita que a maior lição que aprendeu como imitador foi o carisma e a capacidade de alegrar as pessoas, mesmo em momentos difíceis. "É de tentar fazer a alegria prevalecer sempre. Eu levo esse exemplo dele de vida, de superação, e também de profissional. Para a comunicação, ele é referência para todo mundo."
Hoje, Guilherme continua a inspirar-se no legado de Silvio Santos, não mais como imitador, mas como jornalista, levando adiante a leveza e o carisma que marcaram o comunicador. "Ter visto o Silvio Santos trabalhar, ter visto ele marcar gerações, eu acho que é a lição principal que vou levar para minha carreira e para toda minha vida."
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