Silvio Santos, uma das figuras mais icônicas da televisão brasileira, faleceu neste sábado aos 93 anos, deixando para trás um legado inigualável na mídia e nos negócios. Conhecido por sua presença marcante e voz inconfundível, ele começou sua trajetória como camelô no centro do Rio de Janeiro, onde nasceu, e alcançou o status de um dos homens mais ricos do Brasil, graças ao sucesso do SBT, emissora que fundou.

Nascido em 1930, em uma família de imigrantes, ele foi registrado como Senor Abravanel, mas ainda jovem adotou o nome artístico que o consagraria. Aos 14 anos, Silvio iniciou sua carreira vendendo nas ruas e, antes de completar 18 anos, já havia vencido um concurso para locutor na Rádio Guanabara.

O grande divisor de águas na vida de Silvio ocorreu nos anos 1950, quando se mudou para São Paulo. Lá, conheceu Manuel de Nóbrega, que o convidou para participar do Baú da Felicidade, um projeto de vendas parceladas de produtos. Pouco tempo depois, Nóbrega vendeu sua parte do negócio para Silvio, que utilizou o lucro para comprar horários na TV Paulista. Mesmo após a emissora ser adquirida pela Globo em 1966, ele manteve seu programa no ar.

No final da década de 1960, Silvio Santos já era um dos maiores apresentadores do país. Para ilustrar sua popularidade, em uma semana, seu programa "Cidade contra Cidade" ficou apenas um ponto atrás da audiência da transmissão da chegada do homem à Lua.

Em 1975, Silvio conseguiu a concessão do canal 11 no Rio de Janeiro, onde instalou a TVS, que mais tarde se transformaria no SBT, expandindo-se com a aquisição de mais canais na década de 1980.

Na política, Silvio tentou se candidatar à presidência pelo PMB nas eleições de 1989, mas sua candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sua vida pessoal, teve seis filhas, fruto de dois casamentos. Sua primeira esposa, Maria Aparecida, faleceu em 1977. Quatro anos depois, ele se casou com Íris, com quem permaneceu até o fim da vida.





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