As Cavalhadas da Franca 2024, teatro a cavalos encenado na cidade há quase 200 anos, serão apresentadas nos dias 3 e 4 de agosto, no Parque de Exposições “Fernando Costa”, com entrada gratuita. São esperadas, em média, 2 mil pessoas em cada dia do espetáculo.
Os preparativos estão acelerados, com organização de figurinos, estrutura do evento e ensaios do elenco com a tropa de cavalos. Os treinos, inclusive, podem ser assistidos pela população. É uma oportunidade para o público já se conectar a esse folguedo, patrimônio cultural de Franca, que une história, folclore, fé e muita paixão. Os treinos ocorrem aos domingos, no Parque “Fernando Costa”, a partir das 9h.
Marcus Vinícius Falleiros, presidente do Clube das Cavalhadas, convida toda a comunidade para prestigiar mais esta edição do teatro que reúne 27 cavalos. “Acompanhar as Cavalhadas é sempre um programa para toda a família, porque, além do espetáculo, que é o nosso teatro a cavalo, temos barraquinhas com venda de comes e bebes e também brinquedos para as crianças. É o passeio de fim de semana da família francana e de toda região”.
Neste ano, será montada arquibancada extra para o público se acomodar bem e assistir às encenações com mais conforto.
O enredo
A Cavalhada é um teatro que retrata batalhas ocorridas na Europa há mil anos entre os mouros, os árabes mulçumanos, e os cristãos, do exército de Carlos Magno. A protagonista da história é a princesa Floripes, filha do rei mouro, o Sultão de Constantinopla.
A tradição chegou ao Brasil com os portugueses, durante a colonização, e sofreu reinterpretações. Em Franca, as Cavalhadas se baseiam no poema “A Canção de Rolando”, um épico francês medieval que narra a invasão dos mouros à Península Ibérica, quando foram barrados por Carlos Magno e outros reis e ali começou a reconquista daquelas terras.
A história reúne 27 cavalos, todos ornamentados. Treze simbolizam o lado cristão (trajes azuis) e 13 representam os mouros (trajes vermelhos) mais o cavalo da princesa, que no final do enredo se converte ao Cristianismo e salva seu povo da guerra.
“As Cavalhadas estão intrinsecamente ligadas à história da Franca. A história da cidade caminhou lado a lado com a história das Cavalhadas. Este folguedo chegou à nossa cidade em 1831 e é o maior DNA cultural de Franca. Esperamos todos para prestigiarem esse patrimônio da nossa cidade, da nossa gente e do nosso Estado”, afirmou Marcus Falleiros.