Nesta sexta-feira, 16, Justiça de São Paulo acatou a denúncua oferecida pelo Ministério Público Estadual e a partir de então Renato Cariani, de 47 anos, influenciador fitness e empresário, passa de indiciado para réu em um processo no qual é acusado de tráfico de drogas, asociação para o tráfico de lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público Estadual, além de Cariani, outras quatro pessoas também responderão pelos mesmos crimes.
Entenda a diferença entre investigado, indiciado e réu ou acusado:
Na visão da justiça um investigado é uma pessoa que tem contra si um inquérito policial aberto.
Um indiciado, como aconteceu com Cariani no dia 18 de janeiro, significa que a investigação encontrou evidências que o investigado cometeu determinado crime.
Já o réu, também chamado de acusado, é quando o Ministério Público apresenta à Justiça a denúncia encaminhada pela autoridade policial, no caso de Cariani, a Polícia Federal. Como o Judiciário aceitou a denúncia formulada pelo Promotor do Ministério Público, Cariani e os outros quatro envolvidos passam para a condição de réu, ou seja, começaram a responder o procedo judicial.
O que diz a denúncia:
Iniciada em 2022 a investigação da PF apresentou denúncia que revelou a Anidrol Produtos para Laboratórios tinha um esquema fraudulento que envolvia nostas ficais falsas que simulavam transações de venda de matéria prima para famacêuticas de grande porte, entre elas a AstraZeneca, que informou que nunca foi cliente da Anidrol.
Na época a Polícia Federal chegou a pedir a prisão dos envolvidos, o Ministério Público concordou mas a Justiça negou o pedido.
O esquema desviava os insumos como fenacetina, éter etílico, ácido clorídrico, acetona, acetato de etila e manitol para o refino e produção de crack e cocaína.
Cariani é sócio da Anidrol que foi fundada por Roseli Dorth, que também responde na Justiça.
O que diz Cariani
Renato Cariani alega inocência desde que a investigação da polícia veio à tona no dia em que a Polícia Federal cumpriu 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São PAulo, um em Minas Gerais e outro no Paraná.
Ele também disse em live nas redes sociais que não é tão próximo de Fabio Spinola, a quem as investigações apontam ser o elo entre a Anidrol e o crime organizado. Segundo Carini, o contato que tiveram foi apenas profissional já que Fábio é vendedor de carros e chegou a vender um carro para um dos funcionários de Renato.
Outro ponto que Cariani se mostra insatisfeito desde o começo é quanto a cobertura da mídia. Ele acredita que vem sendo perseguido e que os jornalistas tentam de alguma forma destruí-lo.
Ainda sim, Cariani, no começo dizia que não responderia a ninguém pois a sua equipe de advogados não tinham acesso ao processo por completo.
Tirando algumas participações pontuais e veículos midiáticos, ele só se pronunciou por suas redes sociais e, posteriormente, pelo advogado que recentemente publicou a seguinte nota:
"As acusações contra Renato Cariani são, para além de inconsistentes, desprovidas de qualquer sentido lógico.
Não faz qualquer sentido lógico considerar que 2 estabelecidos executivos do setor químico, após dedicarem uma vida inteira de trabalho à empresa, aventurar-se-iam no submundo do tráfico de drogas para dividirem, com mais de uma dezena de pessoas, um suposto lucro de 1.5 milhões de reais, enquanto essa mesma empresa faturou 130 milhões de reais no mesmo período.
Assim como não faz qualquer sentido lógico considerar que uma empresa clandestina, criada para fornecer produtos controlados para o crime organizado, venderia produtos com rótulo original, embalagem original, prazo de validade e número de série, como os veiculados pela mídia no dia da busca e apreensão.
Juntamos aos autos mais de uma centena de documentos que comprovam que meu cliente jamais praticou qualquer conduta ilícita, e isso agora será compartilhado com todos, com o levantamento do sigilo do processo.
Ainda que o recebimento da denúncia não fosse esperado pela defesa, uma vez que inexistem indícios de autoria e prova da materialidade delitiva em relação a Renato Cariani, tenho a confiança de que, ao final, a Justiça irá reconhecer sua inocência."
Opnião Pública:
No final de janeiro, refletindo a grande influência e respeito inabalado por sua carreira no mundo fitness que é, inegavelmente, sólida e referência nacional, Cariani foi eleito pelo Prêmio IBest, pela segunda vez, o maior infuencer fitness do Brasil, tanto por voto popular como por júri técnico.
Renato Cariani, que é professor de química, educação física e atleta fisiculturista profissional, treina desde os catorze anos e ao longo da carreira conquistou inúmeros títulos, incluindo o de Mr. Olympia em 1985, conta com uma legião de fãs aproximada de 7 milhões no Instragram. Seu patrimônio é estimado em R$ 25 milhões.
Ele perdeu alguns contratos com grandes nomes do mercado fitness, uma foi com um grupo de empresas de suplementos, assim como um suposto contrato com a maior rede de academias da América Latina.
Ainda que a investigação tenha trazidos prejuízos, Renato não se mostra abatido, ao contrário, chegou anunciar sua saída do contratato com uma marca de suplemento no dia nove de fevereiro e no dia dez entrou para uma outra marca também muito conhecida no mundo fitness.
Foto: Reprodução/Redes Sociais