A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) descontinuou um estudo científico que tinha avaliado o impacto das câmeras corporais no comportamento de policiais militares em São Paulo. A primeira edição do trabalho, feito no ano passado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) a pedido do governo paulista, apontava melhora no desempenho dos batalhões que usam o equipamento.
No início deste ano, após a transição do governo Rodrigo Garcia (PSDB) para o de Tarcísio, pesquisadores negociavam uma continuação da análise. A ideia foi recusada pela nova gestão do estado. Com isso, o maior programa de câmeras portáteis em atividades policiais do país ficou sem uma avaliação externa sobre sua efetividade.
Ao mesmo tempo, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) firmou um convênio com a FGV e com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para pesquisar o uso de tecnologia na área de segurança, mas a análise das câmeras corporais ficou de fora.
Questionada, a Polícia Militar paulista disse que o estudo publicado no ano passado teve seu objetivo concluído e que não havia previsão de continuidade.
Em resposta a um pedido de informação, feito via LAI (Lei de Acesso à Informação), a PM também afirmou que "tem realizado estudos de viabilidade para a expansão do programa para outras regiões do estado, como o litoral e o interior, bem como a implementação de melhorias no sistema", mas não respondeu se há prazo para a conclusão desses estudos pela corporação.
Foto: Karime Xavier
Fonte: Folhapress