Condenada pela morte da jovem Núbia Ribeiro, Lauany Viodres ganhou na Justiça a progressão ao regime semiaberto, após cumprir parte da pena. O caso aconteceu em 2017 e ganhou repercussão nacional, pela forma brutal em que Lauany e Leonardo Cantieri, ex-de Núbia, planejaram a morte da jovem, que foi até queimada vida.
A decisão aconteceu depois que Lauany passou pelo exame criminológico. Agora, ela poderá trabalhar e estudar durante o dia, fora da penitenciária, porém durante a noite, terá que retornar a um centro de ressocialização.
Lauany está presa na Penitenciária Feminina de Santana. O exame criminológico foi solicitado pela juíza Carla Kaari, da Vara de Execuções criminais, no dia 29 de junho, após pedido dos advogados de Lauany, Hernandes Oliveira e José Antônio Abdala.
O exame avaliou se ela ainda apresenta riscos para a sociedade, seus traços de personalidade e se há arrependimento pelo crime que cumpre pena.
RELEMBRE O CASO
Núbia Ribeiro Duarte tinha 21 anos. Era comerciante em Franca (SP) e desapareceu no dia 24 de setembro de 2017. Dois dias depois, foi encontrada morta na zona rural de Patrocínio Paulista (SP). A jovem foi agredida, atingida com golpes de faca e teve o corpo parcialmente queimado. A causa da morte, segundo a perícia, foi por traumatismo craniano.
Lauany Viodres do Prado, de 27 anos, foi quem planejou a morte da Núbia, junto com o namorado, Leonardo Gonçalves Cantieri, de 26 anos. Ele e Núbia tiveram um breve relacionamento e a motivação para o crime seria por ciúmes e vingança, segundo o Ministério Público.
Leonardo marcou o encontro com Núbia e a colocou frente a frente com Lauany. A assassina se escondeu no porta-malas do carro e atacou Núbia com uma faca. Um amigo do casal, Ítalo Neves, de 38 anos, teria sido contratado para desaparecer com o carro da vítima. Ele foi o primeiro a se entregar e indicar onde estava o corpo da comerciante.
JUSTIÇA
O trio está preso desde a época do crime. No julgamento ocorrido em dezembro de 2020, o casal havia sido condenado há treze anos de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Enquanto Ítalo, recebeu uma pena menor, de sete anos e meio.
Após o julgamento, o Ministério Público recorreu da sentença do Tribunal do Júri por considerar que o trio merecia uma pena maior devido à gravidade das circunstâncias do assassinato. Com a decisão da Justiça, a pena do casal passou para 16 anos, e a do ítalo para 8 anos e meio, ambos em regime fechado.
Foto: José Augusto Júnior/EPTV