O tempo passa, mas o charme do disco de vinil permanece. Tanto é que eles voltaram às prateleiras de diversos sebos e possuem um público fiel. 

A chapa preta marcante dos Long Plays, os chamados LPs, deram a eles o apelido de bolachões. As rotações por minuto, que se dividem em 33, 45 e 78, indicam a quantidade de voltas que o disco dá por minuto. O preço de um exemplar varia muito, de R$ 5 a sem nenhum limite. Isso se explica porque os discos de vinil estão se popularizando cada vez mais.

Cesar Nazar fez da paixão pelos vinis a sua profissão. "Eu sou uma "cria" dos anos 60 e fui agraciado de cair em uma família que sempre gostou de vinis. Então cresci o ouvindo eles", contou  ele que é colecionador e tem um espaço há mais de 20 anos onde vende livros, CDs e discos que marcaram gerações. 

No almanaque do César, há cerca de 6 mil exemplares. Segundo ele, o francano é eclético e procura vinil desde artistas consagrados da Música Popular Brasileira, como Chico Buarque, Gilberto Gil, Novos Baianos e Marisa Monte; Instrumental como Yann Tiersen; Jazz como Miles Davis e Louis Armstrong; até Heavy Metal, como Ozzy Osbourne, Bruce Dickinson e Robert Plaint.  

Apesar do avanço da tecnologia e a chegada do streaming há algum tempo, César avalia que o vinil não perde seu público. "Uma das boas vantagens de se apreciar a música no vinil é contemplar a arte da capa, com todas as informações de quem produziu aquele disco, quem é o artista que tirou o som daquele instrumento, e nós que apreciamos a música isso a gente não acha, por exemplo, no streaming", concluiu. 

A FEIRA

A Feira de Vinil que acontecerá neste sábado, 24, a partir das 11 horas, contará com mais de dez expositores do interior paulista. Itens novos, usados, nacionais e importados estarão disponíveis. O evento será na rua Saldanha Marinho, 1786. 

Fotos: Rádio Imperador/Pop Mundi