O capitão da Polícia Militar, Francisco Laroca, acusado de matar o sargento francano, Rulian Ricardo da Silva, possui um passado polêmico durante sua trajetória na corporação. Em 2006, quando ainda era tenente, Laroca foi afastado da PM por simular sequestro de um empresário para justificar duas mortes.
Outros três policiais estavam envolvidos na simulação. À Polícia Civil, os PMs disseram que foram atacados a tiros por um presidiário e um ex-detento, durante a primeira onda de ataques da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Porém, indícios apontaram contradições na versão apresentada.
O ex-detento morto pelos policiais, segundo a Corregedoria da PM, foi visto por um amigo quase duas horas antes do suposto tiroteio, sendo colocado por um policial em um carro da corporação. A prisão dele ocorreu no centro de São Paulo, a mais de 45 km do local do tiroteio.
As investigações apontaram também outras contradições. A viatura usada pelos policiais não apresentava marcas de bala. Testes mostraram que as armas supostamente encontradas com os mortos não haviam sido disparadas recentemente. Também não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos deles.
Com isso, Laroca foi transferido para o Corpo de Bombeiros, onde foi promovido a Capitão, retornando a PM em novembro de 2020.
Em sua conta em uma rede social, o capitão se define como “cristão, armamentista, defensor da família e protetor das crianças”.
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
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