Um dos mais tradicionais eventos religiosos da região aconteceu neste último final de semana. A 15ª edição da "Caminhada do Perdão" foi organizada pela família Chico Neca em parceria com os religiosos do Mosteiro de Claraval (MG). Durante dois anos o evento deixou de acontecer de forma presencial por causa da pandemia da Covid-19.
A atividade religiosa foi idealizada por Adelmo Francisco da Silva, que motivado a estimular a reflexão das pessoas, propôs o deslocamento do Mosteiro de Claraval à Capela de São Francisco de Assis, às margens da represa do Estreito. Um percurso de 25 km. "Não é uma caminhada simplesmente pela atividade física, mas sim para entrarmos nesta espiritualidade", disse Marco Marques, um dos organizadores.
O local onde ela foi construída foi doado pela família Chico Neca. "O Adelmo deu a sugestão de construir uma Capela em nossas terras. O local escolhido foi mais alto, bonito, próximo a represa. A intenção era abençoar aquele local com a Capela e posteriormente fizemos a doação (daquele espaço) para o Mosteiro", contou José Francisco da Silva, o senhor Zezinho como é conhecido.
A Capela de São Francisco de Assis foi inaugurada em 1997.
Todos os anos, cerca de 200 pessoas participam do percurso. A caminhada atrai diversos movimentos da Igreja Católica como Cursilho, Tenda, Renovação Carismática e Catecumenato. "É um evento aberto a todos que queiram entrar em um momento mais especial íntimo, volte o seu olhar para dentro de si, nos remete a uma busca interior sobre como estamos vivendo? E acredito que esta reflexão vai nos mostrar onde podemos melhorar", explicou Marco.
O roteiro de peregrinação teve como diretor espiritual Padre Matheus, do Mosteiro de Claraval. Durante a caminhada houve paradas estratégicas para se hidratar, além do público ser estimulado a orar e levados à reflexão.
Esse ano o roteiro contou com uma novidade, que foi a instalação da Cruz de Ferro com mais de 2,5 metros, fixada em um mastro de 12 metros, no percurso próximo à capela. A intenção era de que cada peregrino levasse uma pequena pedra para ser colocada ao pé da cruz, como manifestação de fé.
Confira a seguir a entrevista:
Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal