O preço do algodão registrou uma forte queda, em julho, para cerca de seis reais a libra-peso. Isso mesmo com a baixa oferta, uma vez que a colheita está apenas no começo e os produtores têm focado as atenções para o cumprimento de contratos. Acontece que muito comprador de algodão decidiu adiar o fechamento de negócios, seja por achar que as cotações podem cair, nos próximos dias, ou por, de fato, não ter condições de pagar valores tão altos. Sem esquecer que, há algumas semanas, o preço da libra-peso passou de oito reais e bateu recorde.
Outro produto que perdeu valor foi o trigo, apesar de tonelada ter se mantido acima dos dois mil reais no Paraná e no Rio Grande do Sul, apontam dados do Cepea. A proximidade do início da colheita, aqui no Brasil, já pressiona as cotações pra baixo. Mas também pesou o anúncio, por parte da Ucrânia, um importante produtor mundial, de novas exportações de trigo, após acordo com a Rússia, que está em guerra com o país.
E as exportações brasileiras de pescados dispararam, na primeira metade do ano. Dados do setor e da Embrapa falam em cinco mil toneladas, avanço de 14 por cento na comparação com o mesmo período de 2021. Porém, o faturamento cresceu ainda mais. Na verdade, dobrou de sete para 14 milhões de dólares. Isso porque ser explicado pelo aumento dos embarques de filés congelados, por exemplo, que têm maior valor agregado. A tilápia é, disparado, o pescado mais vendido para o exterior. E os Estados Unidos são o maior cliente.
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