O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse neste domingo que as duas operações militares contra alvos terroristas na Somália e na Líbia enviam a mensagem de que os militantes "podem correr, mas não podem se esconder". Nesse sábado, a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos realizou dois ataques separados nos dois países do norte da África.
Na Somália, o objetivo era a captura de um líder do grupo militante al-Shabaab, que reivindicou a responsabilidade pelo ataque a um shopping de Nairóbi, no Quênia, que deixou ao menos 69 mortos. No entanto, a operação foi interrompida após o início de um forte tiroteio que, segundo oficiais, poderia colocar os civis em risco e o líder do al-Shabaab não foi capturado. Ainda segundo um oficial, vários membros do grupo foram mortos durante o ataque.
Na Líbia, o comando norte-americano buscava um homem suspeito de participar dos atentados a embaixadas norte-americanas na África Ocidental, em 1998. Em operação conjunta com a CIA e o FBI, os militares norte-americanos conseguiram capturar Nazih Abdul Hamed al-Ruqai, militante conhecido como Abu Anas al-Libi, que estava na lista dos mais procurados do FBI, com uma recompensa de US$ 5 milhões.
Nós esperamos que isso torne claro que os Estados Unidos da América nunca irão parar o seu esforço para conter os responsáveis por atos de terror", disse Kerry em Bali, na Indonésia, onde acontecerá o encontro anual da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico. Kerry prometeu ainda que os Estados Unidos "continuam tentando submeter as pessoas à justiça de forma adequada com a esperança de que, finalmente, esses tipos de atividades contra todos no mundo vai acabar"
Apesar do governo Obama ter usado força letal em muitas das suas operações contra o terrrismo, os dois ataques desse sábado, segundo a administração, visavam explicitamente capturar os militantes acusados. O governo tem repetidamente manifestado o desejo de julgar terroristas capturados em tribunais federais, o que torna provável que Abu Anas seja levado aos EUA.
Fonte: Agência Estado