O governo elevou o valor máximo de compra de imóveis com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 500 mil reais para 750 mil reais nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.
A decisão, feita em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), também eleva o teto dos preços dos imóveis que podem ser comprados com uso do FGTS de 500 mil para 650 mil reais nos demais Estados do país, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Mais mudanças pela frente. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado incluiu na pauta de votações desta terça-feira, 1º, projeto de lei que acaba com os limites do financiamento imobiliário. O governo, contudo, acabou antecipando-se à proposta, apresentada em 2011 pelo senador Lobão Filho (PMDB-MA) em 2011, ao decidir, há pouco, aumentar o teto para a compra de imóvel com o FGTS.
Na justificativa de sua proposta no Senado, Lobão alegou que a classe média sofre "muitas restrições para adquirir a casa própria". "Existem barreiras inexplicáveis que dificultam imensamente a contratação de um financiamento mais justo, que permita o acesso de uma significativa parcela da população à moradia, por meio de suas próprias condições de renda", disse o peemedebista. O projeto, inclusive, já havia recebido parecer do senador Walter Pinheiro (PT-BA), também favorável à extinção do teto para o financiamento.
O texto do petista ficou pronto para votação desde o final de outubro do ano passado. Mas foi retirado de pauta na ocasião porque a Caixa procurou senadores e os avisou de que iria buscar uma solução alternativa ao fim do teto. E hoje, a medida foi tomada pelo CMN.
O atual limite está congelado desde 2009, quando era de R$ 350 mil o valor do imóvel financiado pelo SFH. Em 2011, ano da apresentação do projeto de Lobão, de um total de R$ 207 bilhões em crédito total ao setor de imóveis, somente cerca de R$ 62 bilhões estavam no âmbito do SFH. Na sexta-feira passada, o Banco Central divulgou que o crédito imobiliário supera o crédito pessoal como a principal modalidade de oferta de recursos concedida às famílias.