O dólar fechou o primeiro trimestre do ano em queda frente ao real e operou novamente nesta segunda-feira (4), abaixo de R$ 4,65. No último dia de março, a moeda norte-americana caiu quase 0,6% e fechou com R$ 4,76.
Essa queda foi marcada por perspectiva de novas sanções contra a Rússia e cautela local devido à greve dos servidores do Banco Central.
Às 13h29, a moeda norte-americana caía 1,01%, cotada a R$ 4,6198. Na mínima até o momento, chegou a R$ 4,6049. Foi a maior queda mensal desde outubro de 2018 e o maior recuo trimestral desde 2009.
São muitos os fatores que têm pressionado o dólar para baixo, um que se destaca são os juros, o Brasil hoje tem a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
Outro ponto é a alta dos custos do petróleo e de produtos agrícolas, desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, no fim de fevereiro. Moedas de países exportadores, especialmente da América Latina, se beneficiaram, já que essas nações são vistas como alternativa no fornecimento dessas commodities.
Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta segunda-feira o boletim Focus, com as estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
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