O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou ontem (15), que seu país pode buscar um acordo no qual não ingresse como membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Zelensky falou que, mesmo com a aliança de portas abertas, a Ucrânia não pode se tornar um de seus membros.

“Entendemos que a Ucrânia não é membro da Otan. Entendemos isso, somos pessoas razoáveis. Durante anos ouvimos falar de portas supostamente abertas. Mas já ouvimos que não devemos entrar lá. Isso é verdade e temos que reconhecer”, e continou. “Precisamos de novos formatos de cooperação, de uma nova determinação. E, se não pudermos entrar pelas portas abertas, devemos cooperar com comunidades que nos ajudarão e nos protegerão e ter garantias separadas.”

Desde que começou o conflito entre Rússia e Ucrânia, essa foi uma das declarações mais importantes sobre o tema. Há alguns dias atrás, Kiev também já havia sinalizado que poderia aceitar a neutralidade em relação a alianças militares, de forma contrária ao que afirma a Constituição do país, que coloca a adesão à Otan como meta.

“Estou contente que nosso povo comece a compreender isso e possa contar só com suas próprias forças”, disse o Presidente Zelensky.

A não integração da Ucrânia à Otan é uma das exigências russas, além da desmilitarização do país. Este segundo ponto, a administração ucraniana não parece ceder. Além disso, o Kremlin quer o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk, no Leste da Ucrânia, e a admissão que a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, é parte do território russo.

Após as declarações Zelensky, a Otan convocou uma reunião que terá a participação do Presidente Joe Biden dos Estados Unidos que vai a Europa discutir o apoio à Ucrânia.

A reunião acontecerá na próxima semana, no dia 24 de março, e o tema do encontro será para debater a guerra entre Rússia e Ucrânia que chega ao seu 21ª dia hoje.

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