Aconteceu nesta quarta-feira (13), uma reunião entre Ministério Público na presença do promotor Paulo Cézar Correia Borges, bem como o Sindifranca, Cetesb e Emdef, onde foi discutido o tema sobre o descarte do lixo que é produzido pelas indústrias calçadistas de Franca.
Segundo José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindicato das Indústrias Calçadistas, em entrevista ao repórter Renato Valim da rádio Imperador e portal Pop Mundi, a audiência foi solicitada para uma tentativa de estender o prazo, que é de seis meses, quanto a regularização do CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental), que é um documento emitido pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que aprova o encaminhamento de resíduos de interesse ambiental a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final.
“A reunião foi muito boa, porém foi informado que a CETESB, não poderá prorrogar esse prazo, uma vez que por força de lei poderá caracterizar uma improbidade administrativa por parte da CETESB.
A emissão do CADRI, que seria emitido em 90 dias, na verdade ele pode ser emitido em 24 dias em média quando o Cadri, for classificado em classe “um”, neste caso o descarte poderá ser feito em aterros em cidades da região, e se for classe “dois”, poderá continuar sendo depositado em Franca. Mas é necessário que se faça o exame”, disse Brigagão.
O presidente do Sindifranca, confirmou que alguns empresários já estão enviando descartes para cidades como Uberaba, Guaratinguetá e Divinópolis, para cumprir com as determinações de preservação do meio ambiente.
“No Rio Grande do Sul, a decisão é mais rigorosa e por lá existe um processo de reciclagem desses produtos, e já estamos em contato com a três empresas que realizam esses procedimentos, para que apresentem suas propostas e as tecnologias afim de implantarmos em nossa cidade e dar destino aos resíduos. No momento parece ser um problema, mas seria uma solução para o destino dos resíduos, e isso poderá agregar valores em nossos produtos, tanto para exportação quanto para o interno.
Eu só espero que a CETESB, cumpra com o prazo de 90 dias, para que as industrias possam realizar os exames e definirem as classes dos resíduos e onde poderá ser descartado, se será em Franca, ou em aterros das cidades da região” finalizou José Brigagão.
Os associados que desejarem realizar os respectivos exames, podem entrar em contato com o Sindifranca, através do telefone (16) 3712-9400, onde existe uma lista de laboratórios.
O Sindifranca está localizado na rua Dr. Cecim Miguel, 2760 - Parque Moema, em Franca.
Foto: Reprodção