O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu sábado (07) aos membros do Congresso que não fechem os olhos ao uso de armas químicas na Síria. "Nós somos os Estados Unidos. Não podemos ficar cegos diante das imagens da Síria. É por isso que peço aos membros do Congresso, dos dois partidos, que se unam e ajam para promover o mundo onde nós queremos viver, o mundo que queremos deixar aos nossos filhos e às futuras gerações", disse Obama, que procura o apoio do Congresso para ataques militares à Síria. O presidente falou à população em um programa semanal de rádio.
O Congresso norte-americano deve começar, na segunda-feira (9), a debater os ataques defendidos por Barack Obama como reação ao uso de armas químicas no dia 21 de agosto, nos arredores de Damasco, capital síria, pelo qual responsabiliza o regime do presidente Bashar Al Assad.
"Não responder a esse ataque escandaloso aumentaria o risco de ver armas químicas usadas novamente, de as ver cair em mãos de terroristas que as utilizariam contra nós. E isso enviaria uma mensagem desastrosa às outras nações, de que não haveria consequências pela utilização de tais armas", explicou Obama.
O presidente informou que, sendo comandante em chefe das Forças Armadas, quer atacar a Síria e punir o regime. "A nossa nação será mais forte se agirmos em conjunto e as nossas ações serão mais eficazes. É por isso que peço aos membros do Congresso que debatam a questão e que votem para autorizar o uso da força", acrescentou.
Os membros do Congresso regressam do período de férias na segunda-feira e um representante republicano na Câmara disse que o voto sobre a autorização do recurso à força contra a Síria ocorrerá nas duas próximas semanas. Barack Obama falará aos norte-americanos na terça-feira (10).
Na Síria, os combates entre as forças do regime de Bashar Al Assad e os rebeldes voltaram a acontecer hoje nas imediações de uma cidade no norte de Damasco. A guerra civil na Síria dura mais de dois anos e já causou mais de 110 mil mortos e dois milhões de refugiados, segundo dados das Nações Unidas.
Fonte: Agência Brasil