A missão de peritos estrangeiros da Organização das Nações Unidas (ONU) começa nesta segunda-feira (26) as investigações sobre o uso de armas químicas na Síria, após um longo período de negociações. Os especialistas estão no país há mais de uma semana. No último dia 21, 750 pessoas morreram na periferia de Damasco, capital síria, supostamente por uso de armas químicas.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que a prioridade da missão é esclarecer o que houve no último dia 21. Imagens, divulgadas por organizações não governamentais, mostram vários corpos sem sinais aparentes de armas. Havia crianças e adolescentes entre os mortos.
No sábado (24), a organização Médicos Sem Fronteiras confirmou a morte de 355 pessoas com sintomas neurotóxicos em três hospitais sírios. Grupos da oposição dizem que o ataque nos arredores da capital síria foi provocado pelas forças de segurança do presidente Bashar Al Assad. O governo nega.
As investigações ocorrem no momento em que há uma discussão, na comunidade internacional, sobre uma eventual intervenção militar na Síria. A Rússia, principal aliada da Síria, condenou a possibilidade, classificando-a de erro trágico. O governo do Brasil recomenda cautela e lembra que as decisões devem ser tomadas no âmbito multilateral, no caso do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Fonte: Agência Brasil