Após invasões no Telegram, Ministro Público Federal vai usar aplicativo próprio para troca de mensagens. O e-Space foi desenvolvido pela equipe de TI do órgão. A determinação foi feita pela Procuradora-geral da República, na semana passada.
No comunicado, Raquel Dodge disse acreditar que não há possibilidade de invasão ao e-Space, pois a ferramenta utiliza infraestrutura própria e criptografia certificada pelo MPF.
E informou, ainda, que a Polícia Federal está tentando identificar os responsáveis pelas tentativas de invasão ao Telegram dos procuradores e funcionários. Após os ataques aos membros do MPF, a Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação fez varreduras nos smartphones institucionais e reuniu informações técnicas para tentar identificar como teriam acontecido as invasões.
Vale lembrar que, no começo de junho, o site The Intercept Brasil divulgou uma reportagem exclusiva mostrando mensagens entre o então juiz federal Sérgio Moro e o chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que indicariam irregularidades na atuação de Moro na operação.
Na época, a força-tarefa divulgou uma nota afirmando que os membros haviam sido vítimas de ação criminosa de um hacker.