É dia de Copa América. Nesta sexta-feira, a Seleção Brasileira estreia na competição contra a Bolívia, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. A bola rola às 21h30 (horário de Brasília), em uma partida cheia de significados para o Brasil. Vestindo branco, com o seu mais novo uniforme, a Seleção homenageará os campeões sul-americanos de 1919, que deram o pontapé inicial para a paixão que tomou conta de um povo.
O Campeonato Sul-Americano de 1919 marcou o início de uma era para o futebol brasileiro. Liderados pelo "Tigre" Arthur Friedenreich, os brasileiros levantaram a taça e, pela primeira vez, viram despertar o amor dos torcedores pelo esporte bretão. Na época, a Seleção vestia uma camisa branca com detalhes em azul. E assim seria até 1950, quando a Amarelinha tomaria conta de nossa história. Para relembrar essa época tão importante para nossa Seleção, o novo uniforme entrará em cena nesta sexta.
Para o duelo contra a Bolívia, o Brasil tem um desfalque confirmado. Ainda se recuperando de uma pancada no amistoso contra Honduras, o meia Arthur começará a partida no banco de reservas. Durante entrevista coletiva nesta quinta, o técnico Tite confirmou que o ataque será comandado por Roberto Firmino, e destacou a confiança com a qual o time entra na Copa América.
– Temos consciência de que temos que construir etapas para o título. Para ganhar tem que jogar bola. No jogo contra Honduras, por exemplo, respeitamos o adversário e principalmente o nosso trabalho.
Campeão da Copa América em 2007, o lateral Daniel Alves é o jogador mais experiente da Seleção Brasileira. Também por conta disso, herdou a faixa de capitão da equipe, e está pronto para assumir essa responsabilidade. Após três semanas de trabalho intenso e dois amistosos, a Seleção conclui a preparação na última quinta-feira, com um treino no estádio do Morumbi, palco da estreia contra a Bolívia.
Para o lateral, é um momento pelo qual os jogadores ansiavam tanto. E a torcida brasileira tem todos os motivos para esperar uma boa Copa América da Seleção.
– É um momento esperado por todos nós, todos esses dias trabalhando muito bem para esse momento. Estamos preparados para estrear, fazer uma grande apresentação e voltar a conectar com o nosso povo. Agora é para valer, é trazer tudo que a gente trabalhou para esse grande momento.
O duelo contra a Bolívia marca a primeira partida oficial da Seleção desde a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Sem perder desde então, a Seleção terá, na Copa América, o primeiro desafio do ciclo para a Copa do Mundo do Catar 2022. Como descreveu Edu Gaspar, Coordenador da Seleção Brasileira, o trabalho até o próximo Mundial terá três camadas. A primeira delas, de curto prazo, mira o título da competição. E vem num momento histórico para o Brasil.
Há 30 anos, a Seleção conquistava a Copa América na última edição sediada no país. O título de 1989 foi vencido a suor e sangue, com partidas disputadíssimas contra Uruguai e Argentina na fase final. Na atual edição, o Brasil abre contra um adversário que tem sido sinônimo de bons resultados nos últimos tempos.
Ao todo, foram 10 confrontos com a Bolívia pela Copa América. Entre elas, foram oito vitórias brasileiras, duas derrotas, com 40 gols marcados e 13 gols sofridos. O último confronto foi na decisão da Copa América de 1997, em La Paz, quando o Brasil ganhou da Bolívia de virada por 3 a 1. Na icônica decisão, o técnico Zagallo respondeu aos críticos após o título, com a frase que se eternizou na história da Seleção Brasileira: "Vocês vão ter que me engolir!".
Além da Bolívia, o Brasil ainda enfrenta Venezuela e Peru nos dias 18 e 22, em Salvador e São Paulo, respectivamente. A Seleção está no Grupo A da competição.
As informações são da CBF.