A organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou nesta quarta-feira (21) que pelo menos 100 pessoas morreram ou ficaram feridas nos bombardeios do Exército sírio em Ghouta, na região de Damasco, a capital. A organização suspeita do uso de gás tóxico.
As autoridades sírias negaram o uso de armas químicas nos bombardeios. As informações vêm à tona no momento em que há no país um grupo de especialistas em armas químicas, enviado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os investigadores da ONU estão na Síria há vários dias para averiguar a situação.
De acordo com relatos, os bombardeios na periferia de Damasco eram tão intensos que podiam ser ouvidos a distância. "Depois da meia-noite, as forças do regime intensificaram as operações militares nas zonas de Ghouta Oriental e Ghouta Ocidental, na região de Damasco, recorrendo à aviação e lança-morteiros", disse o presidente da ONG, Rami Abdel Rahman.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos pediu à comissão internacional, encarregada de investigar a utilização de armas químicas no conflito sírio, que colabore para permitir o envio de ajuda médica aos locais afetados pelos bombardeios.
Desde o início dos confrontos na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e aproximadamente 7 milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, de acordo com o balanço da ONU. Os confrontos foram deflagrados por disputa política entre a oposição e o governo do presidente Bashar Al Assad. Assad é pressionado a deixar o poder, mas resiste.
Fonte: Agência Brasil, com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.