Ligações clandestinas de energia aumentam 154% em Franca

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

14/07/2018

Os números de fraudes e furtos de energia não param de crescer nos últimos anos em Franca (SP). De acordo com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), as irregularidades aumentaram 154,4% no primeiro semestre deste ano se comparado com o mesmo período de 2017.

No ano passado foram 180 registros contra 458 em 2018 após 1.579 inspeções com índice de efetividade de 29%, o que signifca que em cada 3,4 casas visitadas, uma apresentou irregularidade. Ainda de acordo com a Companhia, foram recuperados 1.099 KWh de energia.

Ao todo, foram inspecionadas neste ano 661 casas contra 240 no período anterior. Segundo o Diretor Comercial da CPFL Energia, Roberto Sartori, os investimentos em inteligência no monitoramento têm sido um grande aliado na identificação dos crimes nas redes da distribuidora. “A integração com os órgãos públicos e autoridades policiais também tem sido fundamental nessas operações que visam o combate às ligações clandestinas. Todas essas ações possibilitaram a identificação de um número maior de irregularidades na rede em 2018”, afirma o Sartori.

CPFL registra alta no número de ligações clandestinas em Franca (SP)

Entre 2016 e 2017, as ligações clandestinas aumentaram 24% na cidade. Os chamados “gatos” saltaram no período de 575 para 713 casos e o volume de energia desviada somou 1.711 MWh.  

A CPFL Paulista, que atende 4,3 milhões de clientes em 234 municípios no Estado de São Paulo, também intensificou a fiscalização em Ribeirão Preto. A cidade registrou o maior número de irregularidades identificadas, alcançando 1.560 ocorrências entre 5.385 inspeções realizadas, ou seja, uma irregularidade encontrada a cada quatro inspeções executadas.

No primeiro semestre de 2018 ante o de 2017, a concessionária registrou um crescimento de 5,4% no número de irregularidades identificadas. Somando as duas cidades, o total de casos passou de 1.913 para 2.018 casos.

Neste ano, considerando as cidades de Ribeirão Preto e Franca, a CPFL Paulista conseguiu recuperar um volume de 4.843 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Itaju (2,1 mil clientes) ou 2.691 famílias compostas por até quatro pessoas pelo período de um ano.

A CPFL alerta os consumidores que podem contribuir para o combate às fraudes e furtos por meio dos canais de denúncia disponibilizados pela concessionária.

Denúncias podem ser realizadas pelo e-mail denunciafraude@cpfl.com.br, pelo telefone 0800 774 4286 ou pelo site da CPFL (clique no banner “Serviços On-line” e em seguida entre na aba “Serviços Técnicos”. Escolha a opção “Denúncia de Furto de Energia”).

Furtos e fraudes são considerados crimes

As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.

Além de crime, as irregularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece nas chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

Outra consequência negativa dos furtos e fraudes de energia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. A regularização destes clientes traz cidadania para essa parcela da população e beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade.

Consumidores que adotam esta prática, popularmente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.

Os crimes de energia também tem um impacto social significativo, uma vez que não há arrecadação de impostos sobre a parcela de energia furtada. Isso diminuiu a disponibilidade de recursos do poder público para investimentos em saúde, segurança e educação.