Franca entrou nesta semana para uma estatística preocupante em todo Brasil depois que uma menina de 8 anos foi gravemente ferida ao ser atingida por um rojão. Maria Clara Ferreira Batista está internada na UTI Pediátrica do Hospital Unimed São Joaquim e se recupera dos ferimentos.

A criança estava em casa no Jardim Santa Efigênia brincando na área comum de um conjunto de apartamentos quando foi atingida pelo artefato explosivo. Familiares e amigos pedem orações e o caso que causou comoção levou centenas de doadores de sangue ao Núcleo de Hemoterapia depois que postagens foram feitas em redes sociais solicitando ajuda para a paciente.

Os números de ocorrências desse tipo são assustadores, os dados obtidos com exclusividade pelo jornalismo da Rádio Imperador e o portal Pop Mundi revelam que entre 2008 até abril de 2018 foram registrados 1.382 casos de pessoas que sofreram queimaduras provocadas por fogos de artifício no país.

Ainda de acordo com o capitão da polícia militar, Eduardo César Fernandes Filho, que é diretor do Núcleo de Gerenciamento e Emergências da Defesa Civil do Estado de São Paulo os dados mais recentes revelam que 122 pessoas morreram entre 1996 e 2009 também em acidentes provocados pelo uso de fogos de artifício.

“Não é brincadeira, é perigoso, o ideal é que o fogo de artifício que ele seja manuseado com cuidado apontado para um local seguro, longe de pessoas, jamais apontar para janelas porque isso com certeza vai causar um acidente” alertou o capitão.

Os acidentes são mais frequentes nessa época do ano quando é mais comum o uso desse tipo de produto em festas juninas. Os fogos de artifício também são muito utilizados por torcedores durante jogos de futebol, e foi exatamente o que aconteceu em Franca, o acidente com Maria Clara, foi registrado na quarta-feira (27) durante a partida do Brasil diante da Sérvia pela Copa do Mundo. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso e identificar quem soltou o rojão que atingiu a criança.

“É importante seguir as recomendações do fabricante, assista de longe a soltura de fogos de artifício. O adulto principalmente que ele utilize um prolongador, uma vara ou um cabo de vassoura, para que o rojão fique longe do corpo dele” orientou.

E essa não é a única preocupação da Defesa Civil, a soltura de balões também causa acidentes de grandes proporções e por isso um alerta vem sendo feito com intuito de conscientizar a população para que não faça essa prática que é considerada um crime.

“A lei prevê que todos os atos relacionados a soltura de balão, seja a fabricação, soltura ou transporte, pode acarretar uma pena de até 3 anos de prisão e multa de até R$ 10 mil” explicou Eduardo.

No período de estiagem são feitas as oficinas preparatórias, uma capacitação voltada para os agentes e coordenadores municipais de defesa civil. Os detalhes do trabalho feito em diversas cidades, foram destacados durante entrevista ao repórter Marcos de Paula pela Rádio Imperador e o portal Pop Mundi.

Ouça:

As denúncias quanto ao crime de soltura de balões e uso irregular de fogos de artifício podem ser feitas pelo 190.