Dez minutos. Esse é o tempo resposta do Corpo de Bombeiros, desde o recebimento da ligação até a chegada das viaturas para o atendimento da ocorrência, em Franca (SP).
Atualmente, a cidade dispõe de duas bases, sendo uma no bairro Cidade Nova, na área central e outro no Distrito Industrial. De acordo com o tenente-coronel Alexandre Luís dos Santos, não há necessidade do aumento no número.
“Franca estando com as guarnições devidamente equipadas, treinadas, o nosso tempo resposta aqui gira em torno de 10 minutos em qualquer ponto da cidade. Acreditamos que seja um tempo razoável dentro do Estado de São Paulo”, explicou o comandante da área que abrange 95 cidades da região de Franca e Ribeirão Preto (SP).
Além disso, Santos acredita que a construção de novas bases aumenta os custos do Corpo de Bombeiros, já que não basta apenas o contingente.
“O Corpo de Bombeiros no seu planejamento trabalha com a redução de custos. Para se criar outra base não é só ter bombeiros, tem que ter instalação elétrica, hidráulica, quartel, monitoramento 24 horas e isso é custo”, ressaltou o tenente-coronel em entrevista ao repórter Samuel Cintra, pela Rádio Imperador e Pop Mundi.
Para melhorar não só os atendimentos dos bombeiros, mas a segurança de modo geral, Santos acredita em parcerias. “É importante dizer que o trabalho na área de segurança pública não se faz sozinho, então temos sempre que estar com os nossos parceiros, público e privado. Aqui em Franca tivemos a oportunidade de desenvolver um plano de emergência junto à Defesa Civil”, concluiu.
Ouça abaixo a entrevista:
Combate aos incêndios
O tenente dos bombeiros esteve por dois anos em Brasília (DF) e destacou o trabalho que é feito no estado paulista, que é considerado referência para outras regiões do país, principalmente ao que se refere aos registros de ocorrências de combate aos incêndios.
Ele lembrou o recente trabalho de resgate realizado pelos bombeiros no prédio que desabou no Largo do Paissandu, em maio deste ano e também a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013 e matou 242 pessoas e feriu 680.
Frente a essas situações, Santos destacou as medidas e normas adotas para evitar essas situações e que vão desde a compra de materiais na construção de casas, estabelecimentos comercias até a liberação de um alvará.
“Percebemos que o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo é referência nacional. Nossas normas de segurança contra incêndio, não se trata apenas do prédio comercial, residencial, mas é a boate que seu filho frequenta, os grandes shows, é importantíssima essas medidas... Materiais que proporcionam incêndio, os chamados carga-incêndio, tudo isso tem normas para que sejam retardados já na construção”, destacou o tenente-coronel.