Uma auxiliar de vendas de 22 anos procurou a polícia para denunciar familiares, incluindo a própria mãe. Ela se diz vítima de homofobia, já que resolveu assumir sua opção sexual.
Em seus relatos constados em boletim de ocorrência, a jovem diz que resolveu se abrir com os pais recentemente, e contar que gosta de se relacionar com mulheres. Segundo ela, após esse episódio, passou a sofrer perseguição de toda a família.
Ontem ela recebeu um telefonema de uma tia, moradora no Jardim Guanabara, pouco antes de deixar o local onde trabalha. “Ela me ligou do celular da minha mãe, e disse que estava na minha casa me esperando, caso eu demorasse, eles iriam colocar fogo nas minhas roupas”, disse a jovem com a voz embargada.
Assim que chegou em sua casa no Bairro Santa Terezinha, passou a ser questionada por primos, pela mãe e a tia que havia feito o telefonema pouco antes. “Eles falaram que eu nasci mulher e tenho que me relacionar com homem”, completou.
Em determinado momento, a auxiliar de vendas que assumiu gostar de pessoa do mesmo sexo, passou a ser agredida por todos com tapas e socos. “A única pessoa que não me agrediu foi meu pai, além de agressão física, fui xingada e humilhada”, finalizou.
Nesta terça-feira (22), a vítima procurou a polícia e registrou a ocorrência. Ainda com o rosto machucado, ela concedeu entrevista exclusiva ao repórter Marcos de Paula; ouça:
A jovem deve passar por exames na tarde desta quarta-feira (23) no Instituto Médico Legal (IML).