Um médico foi preso nesta quinta-feira (17) durante ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que cumpriu dois mandados de prisão preventiva relacionados na quarta fase da Operação Cartas em Branco, em Miguelópolis (SP). Além de Adriano Moyses Cristino, o ex-prefeito Juliano Mendoça Jorge, também foi alvo.
Mendonça está preso e condenado em dois processos da Operação que investiga fraudes em licitações na Prefeitura e Câmara Municipal. Uma organização criminosa para o desvio de verbas públicas e favorecimento dos mesmos.
No entanto, na nova fase o Ministério Público investiga possíveis crimes envolvendo a Santa Casa de Miguelópolis. De acordo com as investigações, quase R$ 300 mil teriam sido desviados das contas da Prefeitura e do Fundo Municipal de Saúde para o hospital, através do prefeito, em 2013.
Segundo a Promotoria, o médico que era interventor da instituição teria se apropriado dos recursos, cometendo o crime de lavagem de dinheiro. No total, teriam sido desviados R$ 299.581,05.
A defesa de Cristino alegou que não teve acesso ao processo, mas que vai entrar com um pedido de habeas corpus. Já a advogada do ex-prefeito, Maria Cláudia Seixas, a mesma ainda não inteirou da nova ordem de prisão expedida pela Justiça contra o seu cliente.
Juliano Mendonça está preso desde abril de 2016, em Tremembé (SP). Ele é apontado como o líder da organização criminosa que cometeu desvios na ordem de R$ 6 milhões em licitações, entre 2013 a 2015, durante compras de materiais de escritórios, consultorias e contratos do transporte escolar.
Fotos: Fábio Reis/ Jornal O Popular