A secretaria de Saúde de Franca (SP) promove nesta sexta-feira (18), o I Encontro de Equipes da Atenção Básica, em que um dos objetivos é estar compartilhando as ações em saúde mental que estão sendo desenvolvidas na rede de Atenção Básica, marcando também na data, a passagem do Dia Nacional de Luta Antimanicomial.

Segundo os organizadores da reunião de trabalho, com isso o foco é valorizar o trabalho que já está sendo feito e incentivando as unidades que ainda não participam, possibilitando a troca de experiências.

Somando-se a isso, será uma forma das equipes de Saúde estarem apresentando os resultados do trabalho de matriciamento em saúde mental que vêm sendo realizado desde agosto do ano passado. Lembrando que Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde, em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. "Essa ação vem de encontro com a Luta Antimanicomial, que é tratar sem excluir, cuidar sem prender. Então existem várias formas de tratamento que não precisa excluir esse paciente, ele pode viver em sociedade como qualquer pessoas", disse a psicóloga Mariana Ganzaroli, chefe do ambulatório de saúde mental, do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Franca, em entrevista ao repórter Thiago Garcia, pela Rádio Imperador e Pop Mundi.

Ouça abaixo:

Em Franca, estão sendo realizadas visitas semanais nas UBS’s, junto com a equipe de saúde mental, com o objetivo de capacitar essas equipes a acolher os pacientes que apresentam essa demanda. 

O encontro tem início às 8h30, no Salão Azul da Secretaria de Saúde. Mais informações, tel. 3711-9403. 

A Luta Antimanicomial

Foi um movimento que se iniciou em 1976, no Brasil e se tornou mundial. Trabalhadores da saúde mental passaram a denunciar maus tratos, torturas e fraudes nos manicômios do país.

A partir daí, começaram a surgir vários movimentos que lutaram por melhores formas de saúde mental dos pacientes, melhores condições de tratamento. Somente em 1987 a luta foi consolidada através da “Carta de Bauru”, onde a sociedade entrou juntamente com os trabalhadores em prol das mudanças relacionadas à saúde mental e o manifesto foi assinado por 350 profissionais da área de saúde, durante encontro em Bauru que reuniu várias pessoas que foram às ruas por melhores instalações psiquiátricas no Brasil.