"Ele me chamou de traíra", diz adolescente estuprada; Ouça!

Autor: Marcos de Paula

Fonte:

09/05/2018

Acusado de estuprar uma adolescente de 12 anos em dezembro do ano passado, um calheiro de 22 anos prestou depoimento ontem (8) na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e foi liberado. Ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável.

Na companhia de um advogado, ele negou o crime e disse não conhecer a vítima. De acordo com o investigador Hélio Gomes, existem provas concretas contra ele. “O exame comprovou o abuso e a vítima também o reconheceu sem sombra de dúvidas”, disse.

A vítima, que mora com os pais adotivos no Residencial São Domingos, disse que entrou em um grupo de WhattsApp através de uma prima, e lá conheceu o autor. “Ele me mandou uma mensagem e pediu para eu ir no “PV” (mensagem privada), aí a gente conversou e ele pediu para eu mandar foto pelada, eu mandei e ele me mandou”, disse.

A menor disse ainda que o serralheiro marcou um encontro com ela à meia noite. “Eu disse pra ele que não iria mais, estava com medo. Mas ele falou que promessa tem que ser cumprida e eu fui”, completou.

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Os dois se encontraram em frente uma padaria do bairro. O autor estava em uma moto e levou a vítima até um descampado, próximo ao condomínio de chácaras existente no Bairro Capitão Heliodório, nos fundos do Jardim Luiza.

No local, segundo a adolescente, ele a obrigou baixar as calças e a violentou sexualmente. Depois do crime, o autor deixou a vítima novamente em frente a padaria e foi embora. Com o passar dos dias a menor foi mudando de comportamento e fugiu para a casa da prima.

Preocupada com a situação da filha, a mãe procurou ajuda com uma vizinha, já que a menor não se abria sobre o ocorrido. Com muita insistência, a vítima acabou por contar o ocorrido. A família procurou a delegacia ainda no final do ano e registrou a ocorrência de estupro de vulnerável. Ao saber que a menor o denunciou, o serralheiro ligou e a ameaçou de morte. "Ele me chamou de traíra e disse que iria na minha casa", afirmou a menor.

Vítima aguarda em sala da DDM. Foto: Marcos de Paula/PopMundi

As investigações se iniciaram e existia uma certa dificuldade na identificação do suspeito porque o “zap” que ele usou para seduzir a vítima era de Campinas (SP). Com uma foto não muito nítida, a equipe de investigação realizou o trabalho e conseguiu localizar o suspeito na zona sul de Franca.

“Nós deixamos a intimação na casa dele e ele compareceu hoje (ontem) aqui na delegacia com seu advogado. Ele negou o crime, porém existem provas concretas contra ele, e a delegada vai finalizar o inquérito e mandar para o Fórum. Agora é esperar a decisão do magistrado”, disse o policial.