Um surto de leishmaniose tem preocupado autoridades em várias cidades no Estado de São Paulo, conforme pesquisa da Universidade do Oeste de São Paulo (UNOESTE). Em Franca (SP), a Vigilância Epidemiológica confirmou com exclusividade ao jornalismo do Pop Mundi e Rádio Imperador, uma morte causada pela doença, em 26 de fevereiro deste ano.
De acordo com entrevista ao repórter Renato Valim, Nelson Elias Salomão não confirmou dados da vítma, mas disse que além do óbito, outra pessoa está internada em um hospital da cidade com suspeita da doença. “Essa pessoa, nós não sabemos ainda se é de Franca, Claraval (MG) ou se ela viajou, mas sabemos que foi confirmada em exame a morte por leishmaniose humana”, disse o diretor da Vigilância Epidemiológica de Franca.
Transmitida por um mosquito conhecido como "Palha" que contamina seres humanos e cães, a doença tem se espalhado na região e animais estão sendo sacrificados. Em Pedregulho (SP) e no distrito de Estreito (SP), mais de 25 animais foram notificados com a doença e ao todo, quase 200 cães estão com suspeita. “Nós temos um número alto de animais contaminados, principalmente os cachorros na região. Em Franca tivemos um ou dois casos que tivemos que fazer a eutanásia desses animais com leishmaniose", explicou Salomão.
O diretor da Vigilância ainda alertou para os cuidados que a população deve ter, especialmente com a limpeza dos terrenos. Ouça abaixo:
Sintomas e letalidade
A leishmaniose infecta cachorros e roedores, mas não é transmitida de ser humano para ser humano e nem tão pouco de animal para animal. A transmissão se dá através da picada do mosquito fêmea no animal contaminado e em seguida no ser humano, espalhando assim a doença que pode ter cinco anos de incubação, ou seja, não apresentar sintomas.
Os sintomas mais comuns são: febre, vômitos e fraqueza. Se não tratada, pode levar a morte em 90% dos casos. “É uma doença complicada, difícil, que a princípio não leva a morte, mas pode levar”, ressaltou Salomão.