O ex-prefeito, Juliano Mendonça Jorge, está preso em Tremembé desde abril de 2016 e não deve deixar a cadeia tão cedo. Em nova decisão publicada nesta segunda-feira (12), a Justiça condenou o político ao cumprimento de 18 anos e oito meses em regime fechado.
A sentença tem como base as denúncias apuradas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) enquanto o político administrava a cidade de Miguelópolis entre 2013 e 2016. Para garantir apoio de vereadores, Juliano criou um esquema de propina onde os parlamentares, funcionários e até familiares se beneficiavam com combustíveis.
Os pagamentos eram feitos com autorização do ex-prefeito que inclusive determinou ao dono do posto que contratasse um familiar para controlar a fraude. Com mais essa condenação, as penas por crimes como fraude em licitações, desvio de verbas públicas e organização criminosa somam 52 anos.
A ação fez parte do desdobramento da Operação Cartas em Branco, além de Juliano, o ex-vice-prefeito, Tárcio Rodrigues Barbosa, que também está preso, os ex-vereadores, André Silva Freitas, João Jorge Tadeu Jorge Júnior, Júlio César Guimarães Júnior, Matheus Garofalo e Vicente Paula Moura também foram condenados e respondem em liberdade.
Também foram condenados o empresário, o familiar do ex-prefeito que trabalhava como funcionário no estabelecimento e uma servidora pública.