"Eu não assinei o alvará, tinha sido exonerado" diz secretário

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

16/11/2017

O secretário de planejamento, Virgílio Henrique Vieira Reis, esteve na tarde desta quinta-feira (16) prestando depoimento a Comissão Processante que apura irregularidades na administração do prefeito, Gilson de Souza (DEM).

A investigação é quanto ao uso de espaço público sem alvará e favorecimento na liberação de documentos à construtora Pacaembu. Por quase meia hora, o engenheiro falou ao presidente da comissão, Adérmis Marini e aos vereadores Della Motta e Arroizinho.

Virgílio admitiu que foi chamado ao gabinete do prefeito para tratar sobre o processo relacionado a construtora.

“Uma única vez e foi na parte do acesso loteamento, porque havia sido aprovado em dezembro o acesso constando que a via, a rua tinha 9 metros, posteriormente a verificação junto a fiscalização, houve o fato que a rua não tinha 9 metros, houve impasse porque parou processo. Ai nesse momento fiz parte disso para ver qual  solução alternativa para resolver o problema” disse o secretário.

Virgílio Reis durante depoimento na Câmara Municipal de Franca 

Ainda durante o questionamento, Virgílio confirmou que o alvará para início das obras do conjunto Nossa Senhora das Graças foi assinado pelo funcionário de carreira Wilson Teixeira.

“Eu não assinei o alvará de início de obras, eu vou ponderar um instante nesse processo é que entre o dia 26 de junho até dia 14 de julho a gente tinha sido exonerado.  É o intervalo que tem e que você vai ver que o alvará do processo me parece que é dia 31 de julho, e eu estava fora” explicou.

O secretário ainda acrescentou que existe muito rigor para que todas as etapas sejam feitas dentro do que manda a lei. E negou que mudanças tenham sido feitas para beneficiar a empreiteira.

“Não existe nenhum favorecimento a quem quer que seja” concluiu.

Virgílio também foi perguntado sobre as acusações feitas na semana passada pela engenheira, Aline Sampaio, de que os funcionários teriam sido pressionados para favorecer a construtora. Após as denúncias, o caso passou a ser investigado pelo Ministério Público.

Veja como foi: