Já se passaram mais de três anos desde que a obra foi iniciada em abril de 2014 e até hoje o sonho da casa própria se transformou em um pesadelo para os mutuários que foram sorteados com apartamentos no Residencial Copacabana, na zona oeste de Franca (SP).
Nesta semana cerca de 30 funcionários cruzaram os braços devido aos atrasos nos pagamentos de salários e a fase de acabamento novamente foi paralisada. Pintores, pedreiros e encarregados que vieram de outros estados estão revoltados com a situação e garantem que não trabalham mais na obra.
A ISO construtora que é a responsável pelo empreendimento alega que houve atraso nos repasses de verbas por parte da Caixa Econômica Federal e que deve fazer os acertos com os trabalhadores assim que receber os depósitos.
O sofrimento é ainda maior para quem espera pela moradia, são mais de 406 apartamentos destinados as famílias de baixa renda. As datas de entrega foram modificadas pelo menos quatro vezes, e o último acordo feito com Ministério Público previa a conclusão no dia 30 de setembro, e mais uma vez o prazo não foi cumprido.
Diante da demora, os moradores que vão ocupar o conjunto estão organizando um protesto para este sábado (07) às 10 h em frente à obra. O objetivo é pressionar as autoridades para que finalmente as moradias sejam entregues.
Em entrevista ao repórter Samuel Cintra pela Rádio Imperador e Pop Mundi, Elaine Rocha, uma das sorteadas disse que “está todo mundo com a vida estagnada, precisando renovar ou não contrato de aluguel, pessoas precisando fazer inscrições em creches e não pode porque não tem a definição” desabafou.
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Em 18 de setembro, durante entrevista ao vivo no Programa Pop Mania apresentado pelo radialista Marcos de Paula, o prefeito Gilson de Souza (DEM), esteve nos estúdios da Rádio Imperador falou sobre a demora para conclusão das obras.
Questionado, Gilson não confirmou nenhuma data, mas disse que espera que até o Natal, as famílias já estejam em seus respectivos apartamentos.
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