A diretoria do Castelinho confirmou na manhã deste sábado (16) durante entrevista coletiva que ainda não é possível calcular o tamanho do impacto ambiental causado pelo esgotamento da represa mantida pelo clube.
Não foram divulgados números, mas toneladas de peixes morreram depois do vazamento de toda a água. O acidente aconteceu durante um serviço de manutenção, funcionários do clube acompanhavam servidores da prefeitura que foram ao local para analisar a capacidade de vazão da represa quando a barragem apresentou problemas devido ao acúmulo de lixo.
Com equipamento travado, rapidamente houve o escoamento, dois homens usaram uma embarcação para tentar retirar animais e peixes que ficavam presos e quase foram sugados pela força da água.
Veja o desespero:
A informação foi passada com exclusividade pelo Pop Mundi e a Rádio Imperador, sendo necessário uso de um guindaste para resgatar os trabalhadores do local.
De acordo com a diretoria, a situação de assoreamento, quando a terra se acumula no fundo da represa, se agravou nos últimos anos depois do início da construção de um loteamento nos fundos da propriedade do clube.
Uma ação foi ingressada na justiça pelo Castelinho e vem sendo acompanhada pelo Ministério Público através da promotoria de meio ambiente que é coordenada pelo promotor, Fernando de Andrade Martins. Após ser notificada, a Prefeitura, iniciou a realização de um estudo ambiental para avaliar a situação e o acidente aconteceu durante uma das etapas desse procedimento.
O engenheiro e arquiteto, Matheus Rodrigues, disse que “essa represa é particular e ao mesmo tempo ela é muito importante para o município. Porque ela controla toda a vazão dessa região e se nós perdermos essa represa quem vai sofrer no futuro é a população” alertou.
O presidente do clube, João Carlos de Vilhena, criticou os órgãos envolvidos e alega que “nós estamos encontrando muita dificuldade, tanto é que isso foi parar na Justiça, envolvendo clube, a Prefeitura e o loteamento, estamos agendando com prefeito para resolver esse problema” explicou.
A previsão é de que a represa seja recarregada no prazo de até 05 dias, os serviços de reparo nos equipamentos da barragem já foram feitos e nesta segunda-feira (18) as equipes de funcionários da manutenção iniciam o cronograma para acompanhar o reabastecimento.
“Eu calculo que mais um ou dois meses a gente começa a retirar essa terra da represa” concluiu o presidente, João Carlos.
Ouça a entrevista
Fotos: Palavra Fácil Comunicação
