Quadrilha que falsificava cosméticos faturou R$ 6 milhões

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

05/07/2017

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com a Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (05) a Operação Reparação Absoluta em cinco cidades do interior do Estado de São Paulo.

Foram cumpridos 20 mandados de prisão, 5 de condução coercitiva e mais de 50 mandados de busca e apreensão. Após oito meses de investigações, os promotores conseguiram identificar os integrantes de uma quadrilha especializada na falsificação, venda e distribuição de cosméticos de grandes marcas importadas, entre elas, uma multinacional francesa.

O comando de todo esquema tinha como base um prédio na Vila Aparecida em Franca onde eram fabricados os produtos. No local ainda na madrugada policiais encontraram uma estrutura moderna com equipamentos de ponta utilizados nas misturas clandestinas.

Produtos eram embalados e usavam rotulados com nomes grandes marcas/ Foto: Pop Mundi

O dono da empresa, Sidnei Torralbo Gualhardo, foi preso. Ele é apontado pelo Ministério Público como líder da organização criminosa que agia em outras cidades e vendia os produtos para todo o país pela internet.

De acordo com a Polícia Civil, o criminoso contratou dois químicos que eram os responsáveis pela criação das fórmulas, além deles comerciantes, empresários e até um médico foram presos envolvidos no esquema.

O profissional da saúde foi apontado pelo Ministério Público como um dos principais financiadores da quadrilha e mantinha uma casa onde foram apreendidos cerca de R$ 500 mil em produtos falsificados.

Em uma casa no Residencial Ana Doroteia, investigadores encontraram uma grande quantidade de galões com óleo mineral, glicerina e outros produtos químicos usados na falsificação de shampoos e cremes.

De acordo com Gaeco, a quadrilha tinha faturamento mensal de R$ 120 mil mensais com a venda dos cosméticos, sendo que só pela internet foram confirmadas negociações de R$ 1,4 milhão com distribuição para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

A quadrilha agia há quatro anos e nesse período teria movimentado algo em torno de R$ 6 milhões.