O ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela foi homenageado nesta quinta-feira na Organização das Nações Unidas (ONU) por seu aniversário de 95 anos.
Na cerimônia em que a ONU celebrou o Dia Internacional de Nelson Mandela, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton lembrou o dia em que Mandela, depois de 27 anos, finalmente deixou a prisão.
Clinton contou a seguir que, anos mais tarde, perguntou a Mandela se ele permitiu a si mesmo odiar seus captores. Mandela, homem que se transformaria mais tarde em um símbolo da paz, então respondeu a Clinton que sim, por um momento, permitiu-se odiar, mas depois deixou o sentimento passar.
"Ele me disse: As pessoas podem levar tudo de nós. Perdi minha família, perdi a chance de ver meus filhos crescerem, perdi os melhores anos da minha vida. As pessoas podem levar tudo de nós, menos nossa mente e nosso coração. Eu decidi que não cederia nem um nem outro", relatou o ex-presidente dos Estados Unidos. "Ele então olhar pra mim, abriu um sorriso e disse: Você também não."
A lição, segundo Clinton, é simples: "Você não pode libertar ninguém, você não pode ajudar ninguém, a não ser que primeiro você se liberte da amargura, do ódio e do ressentimento, e da paralisia que esses sentimentos provocam".
Na avaliação de Clinton, Mandela, quando deixou a prisão depois de 27 anos, era um homem muito melhor do que quando entrou.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a celebração do aniversário de Mandela "ocorre em um momento de profunda reflexão sobre a vida e o trabalho de Madiba, agora que este líder universalmente reverenciado continua no hospital".
Internado há semanas por causa de uma infecção pulmonar recorrente, o líder da luta contra o regime racista do apartheid passou a data em repouso em um hospital de Pretória.
Fonte: Associated Press.