Francano é destaque na Liga de Desenvolvimento em Basquete

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

17/07/2013

Em Franca, Galocha começou nas quadras da escolinha Chuí Chuá

Galocha / Foto: LNB Galocha / Foto: LNB

Depois de um ano longe da bola laranja, ele está de volta à competição Sub 22 defendendo o Círculo Militar do Paraná. O ala talentoso e esguio, de dois metros de altura e uma poderosa passada, representa bem a classe Jogador de Basquete no Brasil.

Depois de se destacar na 1ª edição da LDB, Galocha passou por poucas e boas. Quase perdeu o pai para o câncer, viu os pais se separarem e ainda teve que enfrentar um problema cardíaco que, no primeiro momento, sepultou seu sonho de se tornar um jogador profissional.

Quando fazia um período de testes em Franca, foi detectada uma arritmia cardíaca. E depois de muitos exames, Galocha foi  desenganado para o esporte de alto rendimento. Poderia seguir a vida normalmente, mas fora das quadras. Um choque para um jovem que tinha apenas 20 anos e estava tão perto da realização do seu sonho, tornar-se um jogador profissional de basquete.

Mais exames, o tempo passando e a vida seguindo. A distância da bola laranja aliada às necessidades da vida cotidiana pode ser uma mistura fatal pra sepultar um sonho. A roda, que não para nunca de girar, queria engolir o garoto francano que, com a ajuda de amigos, entre eles Edu Mineiro, chegou a conseguir um emprego e começou a fazer faculdade, desistindo de vez do sonho basqueteiro.

Galocha / Foto: LNB Galocha / Foto: LNB

Galocha ficou um ano longe das quadras. Sem jogos, sem treinos, nem mesmo rachões. Basquete nem na TV, lembrança doída do sonho que havia ficado pra trás.

Depois de um ano de muitos exames, consultas médicas e ausência das quadras, uma ablação acabou com a fonte das arritmias e o ala voltou a se questionar se a vida no basquete seria novamente possível.

Então surgiu o Círculo Militar do Paraná e a chance de disputar a 3ª edição da LDB. A ideia partiu do armador argentino Dario Ivan Falco, amigo de Galocha dos tempos de Suzano. E o novo formato da Liga de Desenvolvimento, com pelo menos 28 partidas para cada equipe, foi fundamental para convencer Galocha.

No meio do caminho, muita gente estendeu a mão pra Galocha, muita gente continuou a acreditar em seu talento mesmo que ele próprio tivesse chegado a questionar se a vida no basquete ainda era possível. Entre estas pessoas que o ajudaram, ele agradece a um em especial, Lula Ferreira. "O Lula (Ferreira) foi fundamental pra minha volta, ele foi um cara que me deu muita força, me ajudou muito mesmo. O Lula foi o cara que mais me incentivou a voltar, sempre mostrando que acreditava no meu basquete. Ele é uma pessoa muito especial, um cara que não se encontra fácil por aí", disse o atleta.

Galocha está de volta! Mas se engana quem pensa que só voltar às quadras já é o bastante pro garoto. "Tô muito feliz de voltar a jogar, mas se eu falasse que estou satisfeito eu estaria mentindo, eu quero mais, quero muito mais! A LDB é uma grande oportunidade, mas esse é só o primeiro degrau da escada e eu quero subir mais e mais", acrescentou.

Galocha representa o basqueteiro brasileiro em sua essência. Sua história de luta e superação se repete nos 4 cantos do país na lida diária dos que sonham com uma vida melhor, com uma vida no esporte.

Ralação, lágrimas e sorrisos. Dúvidas, esperança.

A caminhada é dura, o barato é louco e o processo é lento, mas ele segue lutando, subindo um degrau de cada vez. Muito bom vê-lo novamente em quadra, sorte Galocha!

Galocha / Foto: LNB Galocha / Foto: LNB   Fonte: LNB