Secretário-geral da OEA pede condenação enérgica a incidente com avião de Morales

Autor: Redação Pop Mundi

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10/07/2013

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu nesta terça-feira (9) que a entidade condene "com energia" a "ofensa grave" feita na Europa ao presidente da Bolívia, Evo Morales, cujo avião foi impedido de entrar no espaço aéreo de quatro países europeus, quando voltava de viagem à Rússia.

Insulza justificou o pedido por considerar que "não foi uma coincidência" que o avião de Morales tenha sido impedido de sobrevoar a Itália, a França, Portugal e a Espanha. "Isto não é qualificável como um incidente qualquer. O que ocorreu em 2 de julho é uma ofensa grave a um presidente democrático", afirmou Insulza, durante sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA.

Ele disse que o assunto será encerrado e uma resolução, aprovada, mas ressaltou que questões como esta "deixam feridas, e a melhor forma de as curar é saber o que se realmente se passou".

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, afirmou hoje no Parlamento que o governo de seu país autorizou a tempo o sobrevoo do avião de Morales em território nacional e não colocou em risco a vida do presidente boliviano, nem de membros de sua comitiva.

Paulo Portas participou de reunião na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, dominada na primeira parte por protestos do PCP relacionados ao sobrevoo e à autorização de aterrissagem em Portugal do avião do presidente da Bolívia, por suspeita de levar a bordo o ex-agente Edward Snowden, que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

"Portugal autorizou o sobrevoo do Falcon do presidente Morales no território nacional. Não só autorizou, como na verdade o avião do presidente Morales passou no espaço aéreo português, entrou na zona do Alentejo, até o espaço aéreo de Porto Santo", acrescentou Portas, que apresentou um mapa com o trajeto feito pela aeronave boliviana. Portas disse que o sobrevoo foi autorizado de acordo com as regras aéreas internacionais e no respeito pela soberania dos dois países.

Fonte: Agência Brasil