Há cerca de 20 dias, iniciou um corte brusco na quantidade carboidratos que consome. Dilma agora abre a boca para pãezinhos e biscoitinhos apenas no café da manhã. No restante do dia, sob orientação de nutricionista, limita-se ao consumo de carnes, frutas e saladas.
O novo ritual partiu da percepção de que, sim, a presidente engordou a olhos vistos desde o início de seu mandato, em 2011. Atingiu o auge de seu peso no meio deste ano. Sua crescente exposição em programas televisivos e pronunciamentos acendeu o sinal vermelho no Planalto: para aguentar o tranco de 2014, Dilma deveria voltar ao peso que tinha em 2010.
No início da semana, em viagem ao Peru, a presidente já celebrava quilos a menos após aconselhar jornalistas a aproveitarem a gastronomia local. "Eu estou emagrecendo, vocês viram?", disse. "Estava precisando."
Durante a campanha, em 2010, Dilma mantinha uma frequência rígida de exercícios. Além da rotina pesada de campanha, caminhava em casa em uma esteira - que, aliás, causou uma torção no pé direito da então candidata. Manteve a disciplina por pouco tempo após a posse. As benesses do cargo, como cozinheiros exclusivos, e a falta de horário acabaram mudando a rotina.
Quem trabalha próximo a Dilma diz que ela tem hábito comer "besteirinhas". Certa feita, segundo um assessor, sua nutricionista vetou que oferecessem a ela salgadinhos durante os deslocamentos de avião. Em vão: com a desculpa de que a cozinha do Alvorada é muito distante de seu quarto, a presidente levava pacotinhos de biscoito para a cama.
Dilma não é a primeira presidente a ter de fechar a boca. Para a campanha de 2006, quando foi reeleito, o ex-presidente Lula chegou a perder 12 quilos. O peso dos presidentes, entretanto, especulado mesmo nas altas rodas brasilienses, sempre foi tratado como segredo de Estado.
Por: Folha de S.Paulo