Quase 5 milhões de sul-coreanos votaram nesta quinta-feira (4) de forma antecipada para as eleições presidenciais de 9 de maio, um pleito que acontece por causa do impeachment da ex-presidente Park Geun-hye pelo caso Rasputina. As informações são da Agência EFE.
No total, 4,97 milhões (11% do eleitorado) aproveitaram para depositar suas cédulas nesta quinta-feira nos mais de 3,5 mil pontos habilitados para a votação antecipada, segundo dados da Comissão Nacional Eleitoral (NEC, da sigla em inglês).
Este sistema está sendo utilizado pela primeira vez no país em eleições presidenciais para incentivar a participação do eleitorado. As previsões indicam aumento em torno de 4% de participação de sul-coreanos. Os eleitores podem votar antecipadamente hoje e amanhã.
Pouco mais de 42,4 milhões de sul-coreanos, segundo a NEC, estão aptos a comparecer às urnas para escolher o novo presidente da república para os próximos cinco anos.
As últimas eleições presidenciais, realizadas em dezembro de 2012, contaram com um nível de participação de 75,8%.
Democracia
Esta é a primeira vez que a Coreia do Sul antecipa as eleições para escolher o presidente, depois que, pela primeira vez desde que foi instituída a democracia, o Tribunal Constitucional ratificou a destituição de um chefe de Estado.
Park Geun-hye foi deposta pela Justiça sul-coreana no dia 10 de março devido ao sua envolvimento em caso de corrupção que ficou conhecido como "Rasputina".
A ex-governante se encontra em prisão preventiva e será julgada por um caso que abalou os alicerces políticos e econômicos do país devido ao envolvimento de grandes empresas, entre elas a Samsung, cujo presidente também está preso e indiciado.
A partir de hoje, os sul-coreanos podem escolher entre 13 candidatos à presidência, depois que dois dos 15 que inicialmente apresentaram suas candidaturas deixaram a corrida eleitoral.
As últimas pesquisas dão como claro favorito o liberal Moon Jae-in, com 42% das intenções de voto.
Logo em seguida, empatados com 18%, o centrista Ahn Cheol-soo e o conservador Hong Joon-pyo.
Fonte: Agência Brasil