O ano de 2016 deverá ser muito mais seco do que os anos de 2005 e 2010, períodos de seca severa na Amazônia. A conclusão é dos pesquisadores da agência espacial americana, Nasa (National Aeronautics and Space Administration).
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que vem monitorando a distribuição das chuvas no Brasil, mostra que nos últimos dois anos tivemos chuvas muito abaixo das normais climatológicas em quase todo os estados, em especial na região Amazônica. O agravamento da falta de chuva é provocado pelo El Niño (anomalia climática que causa o aquecimento das águas da superfície do Oceano Pacífico). Com isso, a Amazônia está com menos umidade e as árvores se tornam mais vulneráveis às queimadas, que deverão bater recorde nos próximos meses.
Os efeitos deste El Niño começaram em 2015, com influência sobre o padrão de chuvas em grande parte do Brasil e do mundo.
Na região amazônica as precipitações da estação chuvosa, verificadas no último trimestre de 2015, diminuíram cerca de 50% comparadas a média normal. Esse cenário, de tamanha intensidade de redução das chuvas, não era registrado desde 2002.