Manifestação foi a maior dos últimos dias

Autor: Redação Pop Mundi

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21/06/2013
Foto: Agência Senado Foto: Agência Senado

Além do maior número de manifestantes, o ato da última quinta-feira (20), se diferenciou do da última segunda-feira (17) pelo perfil dos presentes e pelo acirramento da tensão com as forças de segurança. Na primeira manifestação, que culminou com a subida ao teto do edifício do Congresso, predominaram jovens entre 16 e 22 anos. Ontem, a faixa etária se ampliou: até idosos e crianças estiveram na Esplanada.

Com a expectativa da presença de 50 mil pessoas, foram convocadas várias unidades da Polícia Militar, entre as quais o Batalhão de Choque e a Cavalaria, e de unidades do Exército que permaneceram de prontidão em vias próximas ao Palácio do Planalto. Na segunda, o efetivo não passou de 400 homens da PM. Os policiais se postaram em frente ao espelho dágua em frente ao Congresso e bloquearam ainda a via N1 do Eixo Monumental, impedindo a passagem de grupos em direção ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A barreira em frente ao espelho dágua mostrou-se mais rígida do que na segunda, quando alguns manifestantes conseguiram subir as rampas que dão acesso ao interior e ao topo do prédio principal. Também foram bloqueadas as abas laterais do teto, para impedir a chegada à marquise onde repousam as cúpulas dos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados.

Embora a maior parte dos presentes ao gramado tenha mantido uma atitude respeitosa em relação à muralha de policiais, o sentimento expresso em palavras de ordem e refrões era de forte repulsa em relação há vários aspectos da realidade brasileira, como a atuação dos poderes públicos e a qualidade dos serviços prestados à população.

Vidraças

A princípio, o grupo que se postou dentro do lago artificial apenas hostilizou a PM com banhos dágua. Na sequência, porém, passou a lançar fogos de artifício e bombinhas do tipo cabeção em direção ao efetivo de segurança. Em várias tentativas de rompimento do cordão humano, os policiais reagiram com sprays de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo, ingrediente largamente utilizado para tentar dissolver definitivamente a multidão.

Perto da meia noite, ainda sem a informação sobre o número de presos, os senadores que permaneciam em vigília no Plenário condenaram as depredações e pediram maior envolvimento da presidente Dilma Rousseff nos acontecimentos que há duas semanas, de forma sempre crescente, mobilizam o país. Mas não deixaram de atribuir a fúria dos protestos ao comportamento da classe política.

Fonte: Agência Brasil