O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou ontem (8) para os riscos que ameaçam o crescimento econômico mundial e apelou para mais ações conjuntas que permitam enfrentar a situação.
O primeiro-vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, lamentou a impressão "perigosa" de que líderes políticos esgotaram opções para impulsionar o crescimento econômico e recomendou mais esforços, especificamente orçamentários, além de reformas estruturais.
"A tarefa de retormar o crescimento cabe principalmente às economias mais desenvolvidas, que dispõem de mais margem de manobra orçamentária", disse em discurso proferido em Washington.
"Os riscos que ameaçam o crescimento estão claramente mais acentuados e reforçam a necessidade de ações mais fortes e orquestradas", disse Lipton.
O executivo do FMI citou a volatilidade nos mercados financeiros e a queda dos preços das matérias-primas como motivos de inquietação para o crescimento mundial e citou também a significativa saída de capitais das economias emergentes.
Com todas as incertezas que envolvem a economia mundial, Lipton reconheceu que as últimas previsões do FMI podem já não ser válidas, o que indica que pode haver uma revisão para baixo das previsões do Fundo, que em janeiro apontava para crescimento mundial de 3,4% em 2016, dois pontos percentuais abaixo do previsto em outubro passado.
O FMI vai divulgar novas previsões em abril, por ocasião da sua assembleia de primavera.
Fonte: Agência Brasil