Os preços do boi gordo recuaram duramye o mês maio no mercado brasileiro. No Estado de São Paulo, especificamente, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa encerrou maio a R$ 98,28, com queda de 1% no acumulado do período. A média mensal, de R$ 97,91, foi 2% abaixo da de abril. No início do mês, a oferta de animais para abate esteve baixa. Já nas semanas seguintes, a disponibilidade de boi aumentou, por conta da degradação dos pastos com o tempo mais frio, o que pressionou as cotações da arroba. Outros agentes, por sua vez, indicaram que as pequenas baixas diárias estiveram atreladas à compra de animais em outros Estados, onde os preços estavam menores. Apesar de a pressão sobre as cotações ter aumentado na segunda quinzena de maio, os negócios realizados em valores acima da média e também distantes dos mínimos impediram quedas mais expressivas. Nesses casos, agentes atribuíram os valores maiores às especificações dos lotes, em termos de qualidade e também de volume. Além disso, a pressão exercida por parte de compradores teve como alegação as vendas de carne, que, segundo agentes da indústria, não possibilitavam o pagamento de valores maiores pelo boi. No acumulado de maio, a carcaça casada de boi desvalorizou 1,57%, com a média mensal a R$ 6,30/quilo, 3% inferior à de abril. O preço médio da carcaça de vaca também registrou queda, de 1,71% em maio, com a média mensal R$ 5,82/quilo. Quanto às exportações, o Brasil embarcou 91,6 mil toneladas de carne in natura em maio, 3,8% abaixo da quantidade de abril (de 95,2 mil toneladas), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. No mercado de reposição, a campanha de vacinação contra febre aftosa influenciou o fraco ritmo de negócios no correr de maio. O Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal de 8 a 12 meses, nelore, Mato Grosso do Sul) encerrou o mês a R$ 781,60/cabeça, com ligeira queda de 0,35% no acumulado de maio.
Fonte: Rural BR