Apesar da alta, cotações do milho podem baixar nos próximos meses

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

16/06/2013

As cotações do milho subiram no mercado interno brasileiro no último mês de maio,  mesmo com as chuvas aparecendo mais tarde do que o esperado pelos produtores, o que prejudicou algumas lavouras.

Estimativas apontam para recorde na produção de milho safrinha, que  elevada deve pressionar as cotações no médio prazo, e o governo já apresentou políticas de intervenção para garantir a renda de produtores, caso haja maior oferta dos Estados Unidos, que pode limitar as exportações brasileiras e tirar o suporte de médio prazo às cotações nacionais.

No final do mês, o governo divulgou as regras para leilões de opções de venda para milho das safras 2012/2013 e 2013. Os produtores poderão participar diretamente ou por meio de suas cooperativas, e o vencimento do contrato será em 29 de novembro deste ano.

Em relatório divulgado em maio, a Conab indicou safra recorde de 78 milhões de toneladas no Brasil. A temporada de verão deve ser 34,8 milhões de toneladas (+2,8%), graças ao aumento de 12,9% da produtividade. Para a segunda safra, a Companhia estima aumento de 14,5% da área, que atingiria 8,8 milhões de hectares, mas a produtividade média pode cair para 4,9 t/ha (-4,5%), o que geraria produção de 43,2 milhões de toneladas (+10,4%).

Em termos mundiais, as preocupações com o ritmo de cultivo da safra norte-americana e com o tamanho da safra global 2013/2014, que pode ser recorde, se acirraram. Mesmo assim, os estoques de passagens devem continuar baixos, limitando quedas expressivas de preços.