O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realiza até julho deste ano, o estudo epidemiológico da tuberculose bovina em 2.185 propriedades mineiras, sendo vistoriada, no mínimo, uma fazenda por município. Este é o primeiro levantamento que abrange todo o Estado e tem como objetivo identificar a situação atual da doença em Minas Gerais. O último, realizado em 1999, envolveu cerca de 1.600 propriedades e 23 mil animais.
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, destaca que este será o estudo mais completo já realizado, sendo de suma importância para a atualização das informações sobre a doença. "Vai colaborar com a prevenção da tuberculose bovina e o objetivo é estimular, cada vez mais, a certificação. Esta é uma forma de diminuir a prevalência de enfermidades em propriedades com criação extensiva, garantindo o reconhecimento oficial de um trabalho sistemático de vigilância", informa ele.
O estudo epidemiológico inicia-se a partir do contato com os proprietários de animais e mediante o interesse de colaboração com o sistema de defesa oficial. A partir disso, um médico veterinário do IMA vai até a propriedade e realiza o teste em duas etapas: a inoculação e, três dias depois, a leitura. Com isso, é possível identificar os animais positivos ou negativos à doença. No caso de resultados inconclusivos, entre 60 e 90 dias é realizado um novo teste.
Caso sejam encontrados animais positivos eles vão ser sacrificados com o acompanhamento de um profissional do IMA. Neste caso, o produtor poderá solicitar indenização, de acordo com a Lei 596/1948.