Dos eventos internacionais de massa programados para o país, a Jornada Mundial da Juventude deverá se traduzir no maior desafio para o aparato de segurança pública. Dois encontros de jovens católicos estão previstos para acontecer na praia de Copacabana, sendo esperados 1,5 milhão de fiéis em cada dia.
- Será como se tivéssemos dois réveillon dois dias seguidos - comparou o subsecretário extraordinário para grandes eventos do Rio de Janeiro, Roberto Alzir Dias Chaves, durante audiência pública conjunta, nesta quinta-feira (6), das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Mas isto não é tudo. A Jornada Mundial da Juventude de 2013, que deverá acontecer de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro, será o primeiro aparição internacional com a do papa Francisco. Além da concentração em Copacabana, está programada uma vigília e uma missa em Guaratiba, na região oeste da cidade, que também deverão atrair milhares de fiéis. Para se antecipar a essa demanda, o aparato de segurança pública do Rio será reforçado por um esquema especial em pontos turísticos, terminais de passageiros e estabelecimentos de hospedagem no período de 9 de junho a 5 de agosto.
- O Rio de Janeiro sediará três jogos e a final da Copa das Confederações (15 a 30 de junho), mas a Jornada Mundial da Juventude será o maior desafio de segurança já enfrentado pelo Rio em sua história, talvez comparado à mobilização para os jogos olímpicos (2016) - comentou Roberto Dias.
O diretor de operações da secretaria de grandes eventos do Ministério da Justiça, José Monteiro Gomes Neto, também considerou a segurança na Jornada Mundial da Juventude mais desafiadora que a da Copa das Confederações.Garantir segurança, fluidez nos deslocamentos e tranquilidade para as pessoas tem sido a maior dificuldade para quem lida com a gestão de multidões, segundo revelou.
Ambos concordam ainda que a integração das forças de defesa e inteligência nas esferas federal, estadual e municipal é fundamental para o sucesso das ações de segurança nestes megaeventos esportivos e religiosos.
- Não faz sentido passar por estes eventos, adquirir uma grande quantidade de equipamento e tecnologia, se, ao final, não houver o aproveitamento do que foi adquirido para os mesmos. O legado é importante no sentido de reforçar a estrutura permanente de segurança. Não tenho dúvida de que dará outro padrão de atendimento ao combate à criminalidade - avaliou José Gomes Neto.
Fonte: Agência Brasil